História

INFORMAÇÃO SUMÁRIA

  • Padroeira: Santa Maria.
  • Habitantes: 1.596 habitantes (I.N.E. 2011) e 1.358 eleitores em 17-07-2017.
  • Sectores laborais: Agricultura, pecuária de subsistência, pequena indústria e comércio.
  • Valores patrimoniais e aspectos turísticos: Ponte Antiga, Capela de Nossa Senhora das Dores, Quinta de Cantim, Casa da Ameixoeira, Casa da Quinta.
  • Colectividades: Associação Desportiva e Cultural da Reguenga, Rancho Típico Santa Maria da Reguenga, Associação de Pais e Encarregados de Educação da Reguenga, G.R.E.S. Andorinha- ESCOLA DE SAMBA, Grupo de Bombos da Reguenga, Tuna Tina Vestígios, “As Bombas” – Grupo de Bombos Feminino e “Os Dómino”.

 

HISTÓRICA

Reguenga é uma freguesia pertencente ao concelho de Santo Tirso e ao Distrito do Porto, situada na encosta e sopé da serra da Agrela, na sua vertente Ocidental. Estende-se numa pequena área na extremidade a Sudeste de Santo Tirso, a caminho do Porto. Tem como vizinhas as freguesias de Seroa, concelho de Paços de Ferreira e as freguesias de Agrela (a Sul), Lamelas (a Poente) e Refojos (a Norte). A Reguenga tem excelentes terras agrícolas, cortadas no sentido Nordeste -Sudeste pelo pitoresco rio Leça. Alberto Pimentel, escrevendo há quase um século atrás, assinalava que "no Inverno esta freguesia é frequentes vezes alagada pelas águas que vêm da serra da Agrela abaixo e pelas cheias do rio Leça, engrossado com as torrentes que se despenham de Monte Córdova". E finalizava: "nesse período do ano, a Reguenga, pode dizer-se ser a Veneza do concelho de Santo Tirso".

No campo económico, a Reguenga tem uma forte tradição agrícola produzindo excelentes vinhos e cereais. As referências documentais mais recuadas datam do tempo das inquirições de D. Afonso III (1258). Nesta altura esta freguesia denominava-se Santa Maria de Quintana. E esta designação vem de uma instituição de origem romana - as Quintanas. Quintana era uma subdivisão agrária como os Casais e formava uma propriedade rústica com suas casas, seus campos e seus soutos. Foi só depois do século XIII que Santa Maria de Quintana passou a chamar-se Santa Maria da Reguenga. E, mais uma vez, este nome ou topónimo veio-lhe de uma instituição medieval - os Reguengos. Reguengos - havia outras instituições, tais como as Honras, os Coutos e as Beatrias, - eram terras que pertenciam, não ao Rei, mas sim à Coroa, a quem os habitantes, chamados Reguengueiros, pagavam um foro, ou renda, que correspondia a um terço do fruto das terras. Mas nem toda a paróquia da Reguenga na Idade Média era pertença da Coroa, pois havia aqui várias "Honras" de fidalgos. Como exemplo, existiam as Honras de Samoça, Cavelos e Valinha, onde o Rei não podia entrar nem podia "quebrar" rendas. Os Reguengos são, por origem, bens da Coroa como bens reservados pelos Reis, desde o princípio da Monarquia, quando dividiam as terras entre os grandes Capitães. Era defesa à Igreja e às Ordens a fruição ou posse de tais bens.Em regra, os possuidores, espécie de servos da gleba, tinham de morar nos Reguengos que não podiam, neste caso, ser pertença de fidalgos ou cavaleiros. Mas a Reguenga estaria isenta desta adscrição, visto ter pertencido a pessoas nobres. Foi doada pelo Rei D. Fernando I ao Conde de Barcelos, D. Afonso Teles de Menezes, na segunda metade do século XIV. Era terra da Coroa e o pároco era nomeado pelo Rei. Nas inquirições de D. Afonso III já se mencionam os lugares da Guarda, Cavelos e Valinha.   Em 1758 era donatária da Reguenga D. Maria Antónia de Sá Boaventura Menezes e Monteiro Paim, como sucessora de sua irmã D. Constância Monteiro Paim, Condessa de Alva. Até 1836 pertenceu ao concelho de Refojos de Riba de Ave, tendo passado nesse ano, ao concelho de Santo Tirso. A Reguenga de baixo conserva as suas tradicionais e características casas de xisto e ruas estreitas principalmente no lugar da Guarda, onde é visível uma casa que abriga uma pequena imagem de Santo António e, ao lado, uma lápide de granito com uma inscrição de difícil leitura e a data de 1886. Do fundo da Guarda e a caminho da Igreja, atravessamos uma vasta área de grande riqueza agrícola denominada "AGRAS" onde, no Verão, se vêem extensos campos de milho.

A Igreja, já construída na década de oitenta, mostra um alpendre apoiado em delgadas colunas de cimento, com dois silhares de azulejos representando os Passos da Vida de Cristo. Um amplo vitral preenche todo o espaço da empena. A torre de planta em losango é alta e esguia, rematando em cruz. Antes existiu a igreja velha que datava de 1797. Foi fundação da Coroa e era seu padroado, mas, no reinado de D. Sancho II, "o tenente" da terra doou a igreja ao "Chantre" do Porto. Na encosta Leste da freguesia fica a capela de Nossa Senhora das Dores, com ampla escadaria e uma pequena arborização, onde ocorre uma romaria no primeiro Domingo de Setembro. Neste lugar o visitante desfruta de uma excelente vista sobre o casario e o extenso vale do Leça. Convém salientar que a Reguenga era conhecida, antigamente, pelas denominadas galinheiras que se dedicavam à comercialização de galinhas e outros produtos, transportando para o Porto em grandes cestos, suportados à cabeça, fazendo longas caminhadas e enfrentando as dificuldades com cânticos denominados "Benditos" que serviam, também, para afugentar os medos provocados pela escuridão da noite.

    • Associação Desportiva e Cultural da Reguenga, Rancho Típico Santa Maria da Reguenga, Associação de Pais e Encarregados de Educação da Reguenga, G.R.E.S. Andorinha- ESCOLA DE SAMBA, Grupo de Bombos da Reguenga, Tuna Tina Vestígios, “As Bombas” – Grupo de Bombos Feminino e “Os Dómino”.
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